16.12.09

Capitólio (1931 - 1980)


Balcão do Capitólio

Interior do Cinema Capitólio

Interior do Capitólio

Fachada do Capitólio

Planta original da sala

O Capitólio na actualidade


(Fotografias e planta retiradas do Arquivo Municipal de Lisboa e do livro "Cinemas de Portugal")


O Capitólio abriu portas em 1931, levando o cinema até ao Parque Mayer, que até aí tinha privilegiado a construção de teatros. Foi um sucesso pela modernidade e monumentalidade do projecto. Possuía um terraço, bastante concorrido ao qual se tinha acesso através de tapetes rolantes, o que constituía uma novidade absoluta na época. A sala era imensamente grande, podendo acomodar 2000 espetadores. Alguns anos depois da sua inauguração e após obras de modernização, a lotação foi reduzida para 1391 lugares. Os melhoramentos consistiram ainda na reconstrução da cabine de projeção, construção de um balcão, 27 camarotes e 4 frisas. Com a entrada em decadência do Parque Mayer, também o Capitólio acabaria por perder público e encerrar no início dos anos 80. Em 1983 foi decalarado imóvel de interesse público, mas nada foi feito desde essa altura para evitar que o abandono e a ruína tomasse conta do edifício. No novo milénio surgiu um projecto de grande envergadura destinado a reconverter o Parque Mayer e devolver ao espaço as luzes e público de outrora, mas no projecto estava prevista a demolição do capitólio com vista à construção de novas infra-estruturas. Um grupo de cidadãos lutou para que tal não acontecesse e conseguiu que o Capitólio fosse inserido no "World Monuments Fund", na lista dos 100 edifícios de interesse histórico mais ameaçados. Esta acção levou a que actualmente a C.M.L. tomasse a decisão de manter o Capitólio em pé e abrisse um concurso internacional para a restauração do mesmo segundo o projecto original do arquitecto Luis Cristino da Silva.

Localização: Travessa do Salitre - Parque Mayer

1 comentário:

  1. O que mais recordo do velho Capitólio são, as noites de verão no terraço vendo filmes ao ar livre, sentado numa poltrona de verga tomando um belo café (Anos 60).
    Abraço.

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