Cinema Popular
Em 1929 foi inaugurado o Cinema Popular, sendo até hoje o único cinema que serviu a população dos bairros do Poço de Bispo e Marvila. Este representante dos cinemas piolho era vizinho da Mansão de Marvila e podia acomodar 476 espectadores. Do edifício do cinema hoje em dia restam apenas algumas ruínas.
Localização: Rua Direita de Marvila nº 4
(Fotografia retirada do Arquivo municipal de Lisboa)
Em 1929 foi inaugurado o Cinema Popular, sendo até hoje o único cinema que serviu a população dos bairros do Poço de Bispo e Marvila. Este representante dos cinemas piolho era vizinho da Mansão de Marvila e podia acomodar 476 espectadores. Do edifício do cinema hoje em dia restam apenas algumas ruínas.
Localização: Rua Direita de Marvila nº 4
alguém aqui se lembra do cinema do Beato? alguém com fotos que possa publicar?
ResponderEliminarAbraço,
Luís Vasconcelos
O cinema do Beato era o "Cine Pátria" ali do lado dos Bombeiros.
ResponderEliminarMe recordo desse "Cine Popular" - fui lá raríssimas vezes já que era mais distante do local onde morava (Madre de Deus)e bem degradado em termos de instalações. Vi por lá - (muito populares na época) uns filmes de Kung Fu.
como projeccionista deste cinema em 1978,devo dizer q fui também projecionista do cine-patria,por estes dois cinemas serem do mesmo patrão.
ResponderEliminardevo informar que na altura o sr.chaneca(o patrão)tinha os seguintes cinemas:cine-patria,cinema popular,cine de mafra,cine azambuja,cinema de campolide(universal),foca-cine(forte da casa)e em moscavide-que não me lembro do nome.
EliminarSr. Carlos o saudei lá no espaço dedicado ao Cine Pátria. Aqui fiz o comentário de 25.06.13
ResponderEliminarDesconhecia que o Cine Popular era de propriedade do Sr. Charneca, assim como o era o Cine Pátria (entre outros). Fiquei surpreso com a longevidade da sala. Fui lá raríssimas vezes e a sala estava bem deteriorada em finais do anos 70.
Obrigado pelo artigo.
ResponderEliminarPartilho aqui as recordações que hoje escrevi numa página facebook que dedico diariamente à minha espôsa 'A Song for Luxa', onde falei deste cinema.
Quando chegava de engraxar sapatos na minha infância, só guardava para mim o necessário aara ir ver a sessão da tarde no cinema 'Popular' do Poço do Bispo.
penso que o bilhete bilhete custava cinco escudos,
Mas eu ia cerca de uma hora e meia mais cedo
Para poder comprar o bilhete de 4.50 escudos.
E assim, com os 50 cêntimos que eu poupava
Podia comprar um Sumol e uma sandes ao intervalo.
Eram momentos únicos…
Naquela altura os cinemas passavam dois filmes por sessão
E durante esse tempo o meu mundo era outro.
Eu era o John Wayne de então,
O grande justiceiro, o cowboy implacável,
Eu era o Errol Flynn, esse herói elegante e cheio de charme
Salvador de donzelas em perigo.
Eu era o dançarino talentoso James Cagney,
Nesse filme maravilhoso que nunca esquecerei
‘Yankee Doodle Dandy’.
Eram momentos únicos da minha semana
Que me faziam esquecer tristezas e outras cenas
Que aconteciam na família atribulada que tinha.
Quando a sessão acabava, a magia continuava
Pois ao sair do cinema eu caminhava
Com passadas largas e olhar fixo no horizonte,
Com as mãos ao lado do corpo
Prontas a sacar a pistola desse coldre imaginário
E assim derrotar em duelo os vilões
Que se atravessavam a minha frente.
Regressava a casa feliz, na pele dos heróis
Que povoavam a minha mente.
Ao olhar para trás…
Com uma lágrima no olho…
Não posso deixar de dizer
Que era uma criança pobre mas feliz,
Porque sabia como sair da realidade em que vivia
Transportar-me para ‘mundos’ paralelos
E ser quem eu sonhava ser…
Esse Clark Gable charmoso e romântico
À procura dessa donzela única
Que acabei por encontrar anos mais tarde
Ao cruzar a vida de uma adolescente
Linda e pura
A minha esposa Carla.
Jorge Resende, frequentei o Cine-Pátria (muito) e o Cine-Popular (pouco) na década de 70 até 1984. Mas o que quero realçar é o depoimento emocionante que aqui deixou! Vida longa a si e á sua amada musa!
EliminarJorge Resende, sei que é um tiro no escuro. Mas não terá frequentado a escola Voz do Operário na rua do Açúcar de 1968 a 1972 com a professora Cacilda Santos?
ResponderEliminarAndei lá
EliminarNo cinema do Beato vi muitos filmes principalmente os do 007, bem como no do Poço do Bispo.
ResponderEliminarMorei de 1957 a 1970 na rua afonso annes penedo, que saudades tenho desse tempo.
Também andei na Voz do Operário e tive a Cacilda como professora
Frequentei muito o Cine Pátria, assim como o Cine Popular no Poço do Bispo. Hoje mesmo, dei uma caminhada e passei na frente dos locais onde existiam essas salas.
EliminarQuem é que andou na Voz do Operário com a Cacilda? Já agora gostava de recordar os tempos da Primária.
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