28.2.10

Cine-Teatro Monumental (1951 - 1984)

Interior da sala de teatro

Interior da sala estúdio Satélite

A Enorme tela do Monumental

Vista da Praça Duque de Saldanha com o Monumental em plano de destaque

Interior do Cinema Monumental

Cinema Monumental

Vista nocturna do Cinema Monumental

Fachada do Cinema Monumental

Planta do 2º Balcão

Planta da plateia e do 1º balcão

 Interior da sala

 Panorâmica geral

 Interiores do edifício

Átrio do piso 2

 (Fotografias e Plantas retiradas do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa e dos livros "Cinemas de Portugal" ; "As Melhores Fotografias da Lisboa Desaparecida" e "Os Cinemas de Lisboa - Um Fenómeno Urbano do Séc. XX" e Arquivo Fotográfico de arte da Fundação Calouste Gulbenkian)


Inaugurado a 14 de Novembro de 1951, o gigantesco Cine-Teatro Monumental fazia jus ao seu nome. O grandioso projecto do Arquitecto Raul Rodrigues Lima era impressionante não só pela sua dimensão mas também pela imponente decoração dos interiores. No exterior gigantescas estátuas marcavam as esquinas do edifício. O átrio era amplo e um local de passagem e encontro para muita gente, tal como o café-restaurante. Na decoração do interior da sala e das galerias abundavam os lustres e mármores. Entrando na imensa sala a visão era esmagadora perante os impressionantes 2170 lugares que compunham a plateia e os dois balcões. Pensando nas grandes super produções dos anos 50 e 60 foi criado um palco enorme sob o qual ficava a tela por onde passaram todos os grandes clássicos do cinema entre as décadas de 50 e 80. Por lá também passou o teatro e a música. De facto o edifício era tão grande que também albergava uma sala de teatro com uma capacidade inicial de 1848 lugares que viria a ser reduzida para 1182 mais tarde, quando no último piso passou a funcionar uma sala de cinema de pequenas dimensões com o nome de Satélite. O Satélite foi inaugurado a 25 de Fevereiro de 1971 e tinha uma lotação de 234 lugares. Ocupava um espaço onde já tinha existido um salão de chá. Muitos dos grandes nomes dos primórdios da música rock portuguesa passaram pelo palco do Monumental. Na memória de muita gente ficou uma noite a meio dos anos 60 em que os Gatos Negros, a maior banda rock portuguesa na altura, chegaram ao ponto de encherem a Praça do Saldanha, numa altura em que qualquer ajuntamento com mais de cinco pessoas era estritamente proibido. Enquanto uma multidão se juntava na praça, lá dentro milhares de fãs esgotavam por completo o recinto, e Victor Gomes todo vestido de cabedal preto, corria pelo palco de microfone em riste dando os seus famosos saltos à Tarzan levando ao delírio o público. Em 1983 a falta de público que justificasse os custos de manutenção levou ao seu encerramento. Numa manhã de 1984 os lisboetas acordaram sobressaltados enquanto a notícia se espalhava: estavam a demolir o Monumental. As pessoas começaram a acorrer ao local em número cada vez maior e a contestação foi enorme. Ficava claro que a C.M.L. era impotente para travar o poder crescente dos empreiteiros da construção civil sobre os imóveis pertencentes a particulares. A queda do Monumental foi o ponto de partida para que depois dele todos os outros grandes cinemas fossem sendo demolidos um a um. Salvaram-se os que foram classificados à pressa como património nacional ou foram convertidos em teatros ou igrejas. A demolição do Monumental deixou durante muitos anos um trauma, como que assinalando o fim de uma era.

Localização: Praça Duque de Saldanha

26.2.10

Tivoli (1924 - 1989)


Palco do Tivoli

Vista geral do interior do Tivoli
Interior do Tivoli
Fachada do Tivoli

Cine-Teatro Tivoli

Planta original da sala

Planta actual da sala

(Planta Original retirada do Arquivo Municipal de Lisboa)


O Tivoli foi inaugurado em 1924, sendo concebido pelo arquitecto Raul Lino em estilo clássico como um cinema para elites. Tanto no interior como no exterior do edifício o luxo e o requinte foram sempre imagens de marca. A sua capacidade inicial era de 2100 lugares fazendo dele à data o maior cinema da capital. Localizado numa zona central da cidade em plena Av. da Liberdade naquela que era a nova área elegante da capital, foi durante muito tempo o cinema de referência para os sectores "cultos" da cinefilia, sendo igualmente frequentado por várias personalidades do mundo das artes e da cultura. Em 1930 foi equipado com fonocinema e começou a exibir filmes sonoros. A partir dos anos 60 começou a adquirir um carácter mais popular. Na memória de muita gente ficou o filme "Música no Coração" que lá esteve em exibição durante mais de um ano, o que é um recorde notável. No dia 31 de Agosto de 1989 realizou a sua última sessão de cinema. O Tivoli chegou a ser alvo de uma tentativa de demolição do seu interior, mas felizmente prevaleceu o bom senso e acabou por se proceder ao restauro de todo o edifício respeitando a traça original, no entanto a sua capacidade foi reduzida para 1088 espectadores. Reabriu em 1999 funcionando como teatro mas também recebe regularmente concertos e desde então tem prosperado nesta nova função.

Localização: Av. da Liberdade nº 182

25.2.10

Politeama (1914 - 1990)


Vista do interior do Politeama

Interior do Cinema Politeama

Interior do Politeama

Cine-Teatro Politeama

Fachada do Politeama

Planta original

Planta actual do Politeama

(Fotografias e plantas retiradas do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa e do livro "Cinemas de Portugal")


O Politeama foi inaugurado em 1913 como teatro, mas apenas um ano depois começou a exibir filmes, passando deste modo a Cine-Teatro. A sua capacidade inicial era de 1300 lugares. Em 1928 passou a ser exclusivamente cinema. Passou por sucessivas modernizações mas manteve sempre o estilo clássico. Nos anos 90 Filipe La Féria tomou conta do Politeama levando a cabo grandes obras de restauro e modernização com vista à sua reconversão em teatro. Desde então a sua capacidade foi reduzida para 715 lugares por motivos de segurança e maior conforto. Na sua nova vida como Teatro de musicais, o Politeama tem prosperado e voltou a ter o brilho de outrora.

Localização: Rua das Portas de Santo Antão nº 109

17.2.10

Cinema Municipal (1961 - 1971)


Interior do Cinema Municipal

Fachada do Cinema Municipal

Cinema Municipal

Entrada do Cinema Municipal


(Fotografias retiradas do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa)



Em 1961 é inaugurada a nova Feira Popular de Lisboa em Entre-Campos, e com ela o novo Cinema Municipal. Tal como a própria feira, também o cinema é mais moderno e amplo que o seu antecessor. Como havia acontecido com o anterior Cinema Municipal também este cessou a sua actividade após uma década, mas desta vez não com vista à demolição mas sim à conversão em teatro. Em 1972 passou a denominar-se Teatro Vasco Santana, e por lá passaram alguns dos nomes mais importantes do teatro e televisão do nosso país. Recebeu posteriormente obras de ampliação e modernização. Com a criação de novos espaços nasceu o Auditório Ana Bola. Em 2003 e após grande controvérsia a Feira Popular fechou. Todas as diversões, incluindo o Teatro foram fechadas à excepção dos restaurantes que se foram mantendo até serem resolvidos os problemas relativos às indemnizações a serem pagas aos donos dos mesmos. Em 2004 já tinham sido demolidos todos os espaços do recinto que albergara a feira, com excepção dos restaurantes e do teatro. Em 2005 os últimos restaurantes fecham e são demolidos, restando a decisão do que fazer com o edifício do Teatro Vasco Santana. Chegou a ser ponderada a hipótese de inserir o teatro restaurado num novo projecto para a zona, mas em 2006 viria a ser mesmo demolido.

Localização Av. da República

Central (1908 - Actualidade)


Planta do Salão Central

Interior do Salão Central

Palácio Foz, onde se localiza o Salão Central


Salão Central

Fachada do Salão Central

(Fotografias retiradas do Arquivo Municipal de Lisboa)


Inaugurado em 1908, o Salão Central era na época a sala de cinema mais luxuosa de Lisboa. A sala de cinema foi construída na capela privativa do palácio. A partir de 1917 passou a ter uma orquestra para fazer o acompanhamento musical de todos os filmes. O Salão Central podia acomodar 425 espectadores. Em 1923 o seu número de público tinha decaído devido à abertura de várias salas em diferentes pontos da cidade e acabou por encerrar. Foi recuperado em 1958, passando a albergar as instalações da Cinemateca Portuguesa até 1980, data em que a Cinemateca se mudou para as actuais instalações. A partir dos anos 80 passou a funcionar como Cinemateca Júnior, função que mantém até hoje. A orquestra já não existe mas possui um piano para fazer o acompanhamento dos filmes mudos, aliás como acontece também com as outras salas da Cinemateca. O espaço do agora denominado Salão Foz possui também uma exposição interactiva de pré-cinema denominada "Das Lanternas Mágicas ao Cinematógrafo dos Lumière" onde podemos fazer uma viagem pela história dos primórdios do cinema, desde as sombras de luz aos cinematógrafos. Todos os sábados há sessões de cinema.

Localização: Praça dos Restauradores

16.2.10

Municipal (1951 - 1960)


Interior do Cinema Municipal

Vista geral do interior do Cinema Municipal

(Fotografias retiradas do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa)

O primeiro Cinema Municipal foi inaugurado em 1951 na antiga Feira Popular de Lisboa, no Parque da Palhavâ, junto à Praça de Espanha. A Feira foi inaugurada em 1943 e viria a ser transferida em 1961 para Entre-Campos, o que levou à demolição do edifício do Cinema. Os jornais da época relataram que no dia da inauguração acorreram à Feira 90 000 lisboetas. Antes da Feira Popular o Parque da Palhavâ já tinha recebido entre 1884 e 1905 o primeiro recinto do Jardim Zoológico de Lisboa antes de este se mudar para Sete-Rios. Desde 1960 que o local acolhe a Fundação Calouste Gulbenkian. Actualmente os Jardins da Gulbenkian são frequentados por inúmeros turistas e estudantes que passeiam junto ao seu lago ou simplesmente se sentam a ler um livro no grande anfiteatro.

Localização: Av. de Berna

15.2.10

Roma ( 1957 - 1988)


Planta do Cinema Roma

Cinema Roma

Fachada do Forúm Lisboa, antigo Cinema Roma

Interior do Fórum Lisboa

Vista geral do interior do Fórum Lisboa

O Cinema Roma abriu portas em 1957. Tinha uma capacidade de 1107 lugares, sendo um dos gigantes dos anos 50. Foi concebido com base nas novas ideias de grandiosidade da arquitectura típica do estado novo para encaixar nos novos eixos de grandes avenidas do bairro de Alvalade e Entre-Campos concebidas com grande largura de passeios e faixas de rodagem e edifícios de grande envergadura com construção em altura. Encerrou em 1988 e durante algum tempo foi utilizado como armazém, até ser comprado pela Câmara Municipal de Lisboa. Em 1996 sofre algumas obras de recuperação e em 1997 passa a ser a sede da Assembleia Municipal de Lisboa. Em Abril de 2003, a sua gestão foi confiada à EGEAC (Empresa Municipal encarregada da animação cultural) que o administrou até ao final de 2005. Actualmente a sua gestão é da responsabilidade conjunta da CML e da AML recebendo o nome de Fórum Lisboa. Hoje, é um dos espaços mais bem preparados para a realização de congressos, conferências, seminários, espectáculos e projecções de cinema. Dispõe de dois auditórios, um principal e outro mais pequeno. Com capacidade para 701 lugares, o auditório principal possui equipamento de som, luz e sistema de projecção de filmes em 35 e 16 mm bem como sistema de projecção vídeo. O pequeno auditório tem capacidade para 25 pessoas. No primeiro piso, existe ainda uma sala de apoio, com 40 lugares. Ao longo dos anos, o Fórum Lisboa tem vindo a acolher diversos eventos, entre os quais se destacam os festivais FórumJazz e Cosmopolis, o Ciclo de Cinema Gay e Lésbico e a iniciativa ForUmusic, no âmbito da qual acolheu concertos de alguns dos melhores artistas portugueses, desde, Mão Morta a Rodrigo Leão, passando por Jorge Palma, Irmãos Catita, Peste & Sida, Pop Dell’Arte, Repórter Estrábico e Ena Pá 2000.

Localização: Av. de Roma nº 14

14.2.10

Condes (1915 - 1951)


Planta Original do Cinema Condes

Antigo Cinema Condes

(Fotografia e Planta Retirada do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa e do livro "Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa")


Esta primeira versão do Cinema Condes, foi inaugurada em 23 de Dezembro de 1888 como teatro. Veio substituir outro teatro que já existira antes no mesmo local. Em 1898 recebeu obras de manutenção e restauro. Em 1915 foi convertido em cinema e no ano seguinte passou a ser gerido pela Castelo Lopes filmes, empresa gerida por José Martins Castelo Lopes. Os seus descendentes ficaram sempre ligados à casa até ao seu encerramento. Tinha capacidade para 920 espectadores. No início dos anos 50 o edifício foi demolido para dar lugar a um novo Cinema Condes, maior e mais adaptado a uma nova realidade em que começavam a surgir as grandes super produções em ecrã panorâmico.


Localização: Av. da Liberdade nº 2

13.2.10

Arco-Íris (1940 - 1975)


Cinema Arco-Íris


Inaugurado nos anos 40 este cinema localizava-se mesmo ao lado do Coliseu. Nos anos 70 fechou portas, e depois do 25 de Abril deu lugar a um estabelecimento de Peep-Show. No início dos anos 80 foi convertido numa grande pastelaria e café-bar. Durante o ano de 1998 frequentei muitas vezes este café, sempre que tinha aulas de Arte e Imagem com o professor Filipe La Féria no Politeama.

Localização: Rua das Portas de Santo Antão

11.2.10

Campo Pequeno (2007 - Actualidade)


Campo Pequeno

Sala Cinemax

Sala Kids

Sala Love

Sala Scary Room

Planta da Sala 1

Planta da Sala 2

Planta da Sala 3

Planta da Sala 4

Planta da Sala 5
Planta da Sala 6

Planta da Sala 7

Planta da Sala 8


No dia 18 de Maio de 2006 após profundas obras de restauro e modernização foi inaugurado o novo Campo Pequeno. Datada de 1892 a velha Praça de Touros do Campo Pequeno foi toda renovada dando origem à nova Arena multiusos de Lisboa com capacidade para 10 000 espectadores. Foi construída uma cobertura que permite ao recinto receber espectáculos durante todo o ano. Nas galerias existe agora o Museu de Tauromaquia e vários restaurantes com esplanada para o exterior no também renovado Jardim Marquês de Marialva. Por baixo da Arena nasceu um centro comercial e um parque de estacionamento. Em 2007 foram inauguradas as 8 salas Cinema City, compostas por 4 salas temáticas e 4 generalistas. O bar dos cinemas tem um ambiente fantástico com uma decoração toda inspirada no cinema e funciona até às 3:00. As salas têm as respectivas capacidades: Sala 1, 124 lugares; Sala 2, 268 lugares; Sala 3, 189 lugares; Sala 4, 198 lugares; Sala 5, 94 lugares; Sala 6, 107 lugares; Sala 7, 100 lugares; Sala 8, 105 lugares.

Localização: Av. da República