2.12.12

Coliseu (Porto)


 Fachada do Coliseu do Porto

Interior do Coliseu do Porto

O Coliseu do Porto foi inaugurado a 19 de Dezembro de 1941 com um concerto da Sinfónica Nacional, dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco. O edifício, em estilo Arte Deco, é da autoria dos arquitetos Cassiano Branco e Júlio Brito. A proprietária original do imóvel era a Companhia de Seguros Garantia que financiou em grande parte a obra com o apoio da Câmara do Porto. Esta bela sala de espetáculos acolheu cinema, teatro, ópera, bailado, circo  e, claro, concertos (inicialmente de música clássica e a partir dos anos 80 também Rock e Pop). As exibições de filmes estiveram sempre presentes na programação da sala até ao final dos anos 80.
Em 1995 a Companhia de Seguros AXA, então proprietária do imóvel, inicia negociações com a Igreja Universal do Reino de Deus com vista à venda do imóvel, desencadeando uma das maiores manifestações jamais vistas em Portugal em defesa de um espaço cultural. Várias personalidades ligadas à cultura, às artes e à autarquia local, lideraram as ações de protesto às quais se juntou a população da cidade do Porto. O veto da transação em assembleia municipal, por parte da autarquia portuense, deitou em definítivo por terra as aspirações da IURD de concretizar o negócio.
Em Novembro de 1995, em escritura notarial, outorgada entre a Câmara, a Área Metropolitana do Porto, a Secretaria de Estado e da Cultura e a UAP, constitui-se uma associação sem fins lucrativos com a finalidade de adquirir o Coliseu e geri-lo como espaço de interesse cultural.
O Coliseu do Porto tem 3016 lugares sentados podendo a sua capacidade em concertos ser aumentada para mais de 5000 pessoas.
O espaço dispõe ainda de um salão Ático com capacidade para cerca de 300 pessoas, onde podem ser realizados eventos de menor dimensão.

Localização: Rua Passos Manuel

1.11.12

Olympia (Porto)


Fachada do Cinema Olympia

O Cinema Olympia foi inaugurado a 18 de maio de 1912 e, na altura, foi batizado de cine-teatro. Henrique Alegria foi o responsável pela construção da sala e foi ele quem durante os primeiros anos de vida geriu o espaço em parceria com a Invicta Filmes.
Durante os anos 10, 20 e 30 foram comuns na sua programação as estreias de cinema alemão. É bom relembrar que até aos anos 30 a Alemanha era uma das principais potências cinematográficas.
A sala tinha lotação para 600 pessoas e foi classificada como tendo instalações modernas e luxuosas. Para além das sessões de cinema, o Olympia também recebeu eventos musicais e peças de teatro. Depois de ter sido comprado pela empresa Neves & Pascaud continuou a prosperar. Durante os anos 60 teve uma programação muito virada para os westerns, na década de 70 para o cinema de ação e de artes marciais, seguindo a tendência da época.
Durante os anos 80, nos últimos anos de vida como cinema, chegou mesmo a passar filmes porno. Mas o cinema já se encontrava em fase de decadência e acabaria por fechar portas reabrindo como bingo.
A crise dos últimos anos levou ao seu encerramento em 2010, permanecendo até hoje de portas fechadas à espera de um projeto que lhe dê uma nova vida.

Localização: Rua Passos Manuel

16.10.12

Auditório Nacional Carlos Alberto (Porto)


(Fotografia e fonte www.portoantigo.org)

Inícialmente projetado como teatro, este edifício foi construído nos antigos jardins do Palácio do Barão do Valado, onde o rei da Sardenha, Carlos Alberto, ficou alojado por algumas semanas em 1849, recebendo o seu nome como homenagem. Foi inaugurado a 14 de Outubro de 1897.
No século XX, passou a dedicar a sua programação também ao cinema.
Foi alugado pela Secretaria de Estado da Cultura em finais da década de 70, e em 1980 adotou a designação de Auditório Nacional Carlos Alberto, tornando-se durante vários anos um importantíssimo pólo de divulgação de cinema. Lá, realizaram-se as primeiras edições do festival de cinema Fantasporto.
Encerrou em 2000 mas no ano seguinte foi adquirido pela Sociedade Porto 2001, por altura da capital europeia da cultura, sendo reaberto a 15 de Setembro de 2003, após remodelação e modernização.
Atualmente, é gerido pelo Teatro Nacional de São João.

Localização: Rua das Oliveiras nº42

1.10.12

Rivoli (Porto)


 Fachada do Cine-Teatro Rivoli

 Interior do Rivoli

Palco do Rivoli

Interior original do Rivoli

(Fotografias e fontes retiradas do blog: cinemasparaiso.blogspot.pt ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Rivoli e livro "Cinemas de Portugal")

O Cine-Teatro Rivoli é uma das mais emblemáticas salas de espetáculos do país. Foi durante muitos anos o maior cinema do país e é um símbolo de resistência da cultura face às investidas contra o património histórico e cultural português.
Inaugurado em 1913, foi apelidado de Teatro Nacional. Em 1923, a juntar à excelente programação da qual fazia parte teatro, ópera e concertos, dava-se início às sessões de cinema.
A crescente popularidade do cinema levou a que fosse repensada a estrutura da sala, de forma a poder ser modernizada e melhor adaptada à função de cinema. As obras começaram em 1929 e em 1932 era inaugurado o novo Cine-teatro Rivoli, projetado pelo engenheiro e arquiteto Júlio Jósé de Brito, com menor dimensão que a sala original mas com as mais modernas e funcionais instalações existentes à data. O Rivoli manteve toda a programação cultural do antigo teatro e passou a receber também cinema sonoro e companhias de bailado. Ente 1942 e 1946 foram levadas a cabo obras de remodelação da fachada e dos interiores sendo também acrescentados elementos ornamentais e decorativos que embelezaram o edifício.
O período áureo do Rivoli deu-se entre os anos 40 e 60,  com uma programação de altíssima qualidade, muito graças à gestão levada a cabo por Maria Borges.
Nos anos 70 a situação inverteu-se. Devido a dificuldades financeiras as condições da sala foram-se degradando e os equipamentos tornaram-se obsoletos. Por arrasto, também a programação começou a ser cada vez mais intermitente o que levou a uma ausência cada vez maior de público.
Em 1989 e perante uma situação de perigo irreversível de ruína, a Câmara Municipal do Porto decidiu adquirir o edifício. Em 1992 o Rivoli encerrou para remodelação total. O programa de recuperação permitiu transformar aquilo que era um Cine-Teatro convencional num centro multi-funções onde passou a ser possível albergar várias atividades culturais e de lazer.
Em Outubro de 1997 abria portas o novo Rivoli Teatro Municipal, com gestão da Culturporto.
Em 2006 a Câmara Municipal anunciou que iria entregar a gestão cultural e financeira do Rivoli a entidades privadas, levando a um coro de protestos que culminaram com a ação levada a cabo em Outubro do mesmo ano por cerca de 30 pessoas. Entre os autores do protesto contavam-se elementos do "Teatro Plástico", cidadãos anónimos e pessoas ligadas à vida cultural da cidade, que se barricaram no interior do edifício. Perante a enorme pressão da opinião pública para que fosse tomada uma decisão, o executivo em funções, em Dezembro de 2006 e após uma reunião extraordinária, tomou a decisão de atribuir a gestão do Rivoli ao encenador e produtor Filipe La Féria. A conceção seria por um período de 4 anos de Maio de 2007 a Maio de 2011. Em 2012 o Rivoli recebeu um dos mais conceituados festivais internacionais de cinema do nosso país a nivel internacional, o Fantasporto.
O Rivoli é um exemplo perfeito de como é possivel enquadrar as grandes salas de cinema do passado nas necessidades da sociedade atual. O complexo do Rivoli Teatro Municipal é composto atualmente pela sala principal com capacidade para 1600 espetadores, o pequeno auditório que pode albergar 174 pessoas, uma livraria, um café-concerto Restaurante e um café-bar.

Localização: Praça D. João I

9.9.12

Palácio de Cristal (Porto)


 Palácio de Cristal

 Jardins e Fachada do Palácio de Cristal

 Interior do Palácio de Cristal

 Pavilhão Rosa Mota

Interior do Pavilhão Rosa Mota

(Fotografias retiradas da Wikipedia; site zerozero.pt; e postais antigos da cidade do Porto)

O Palácio de Cristal foi um edifício icónico da cidade do Porto que ainda hoje permanece na memória de inúmeros portuenses.
Foi inaugurado em 18 de Setembro de 1865, segundo projeto do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones,  tendo o Crystal Palace de Londres como modelo.
Foi concebido originalmente para acolher a grande Exposição Internacional do Porto, passando a ser utilizado desde logo como pavilhão de exposições para receber todos os grandes eventos realizados na cidade.
A versatilidade do edifício permitiu-lhe passar a ser utilizado como espaço multiusos com sessões de cinema, concertos de música e todo o tipo de atividades culturais.
No seu interior existia um enorme órgão de tubos que era um dos maiores do mundo.
Durante os meses de verão as sessões de cinema ao ar livre nos jardins passaram a ser muito comuns arrastando familias inteiras.
Com a atribuição da realização do campeonato do mundo de Hóquei em Patins de 1951 a Portugal, ficou claro que não existia nenhum equipamento desportivo na cidade do Porto com condições para acolher o evento. Foi decidido construir um moderno pavilhão de grandes dimensões  para suprir essa lacuna. O que nunca viria a ser unânime foi a localização do pavilhão, o qual seria construído no local do Palácio de Cristal ditando a demolição do mesmo.
A contestação popular foi enorme, levando a revoltas que foram controladas a custo pelas autoridades, mas em 1951 o Palácio de Cristal foi mesmo demolido, dando lugar ao novo Pavilhão dos Desportos. Apesar dos apelos de vários membros da sociedade portuense ligados à cultura, até o órgão viria a ser destruído à martelada sem que fosse sequer ponderada a possibilidade de transladação para outro local.
O Pavilhão de Desportos, rebatizado em 1991 Pavilhão Rosa Mota, tem capacidade para 4568 espetadores e recebe todo o tipo de eventos, desportivos e culturais, como exposições, concertos de música e a Feira do Livro do Porto.
No segundo semestre de 2012 arrancaram as obras de requalificação com vista à transformação do espaço num complexo multiusos que irá permitir, para além das atividades desportivas, a realização de exposições e grandes concertos, festas, circo e pista de gelo, congressos e seminários ou reuniões de menor dimensão, em salas com capacidade entre os 322 e os 1180 lugares.
A traça original será respeitada, passando o pavilhão a ter uma capacidade total de 6000 espetadores, estando a conclusão das obras previstas para o final de 2013.

Localização: Jardins do Palácio de Cristal

23.8.12

Central da Carcereira (Porto)


Local onde existiu o Cinema Central da Carcereira

(Fotografia retirada do Google Maps)

O Cinema Central da Carcereira foi uma sala de média dimensão, que passava essencialmente reposições e teve o seu período de atividade compreendido entre os anos 40 e os anos 60.
A sala era composta por plateia e balcão. Encerrou nos anos 60 e foi mais tarde demolido devido à degradação do edifício.

Localização: Rua Pedro Hispano nº 600

Trindade (Porto)



Os vitrais da bela fachada do Cinema Trindade

Interior da atual sala 1

O Cinema Trindade foi inaugurado a 14 de Junho de 1913 e é um dos mais antigos cinemas portugueses ainda em atividade. A sua lotação original era de 1191 lugares, distribuídos por plateia, 1º e 2º balcões, fazendo dele uma das maiores salas do país à data. Nos anos 80, seguindo o que sucedeu com outras salas de cinema, para fazer face à concorrência dos multiplex dos centros comerciais, a sala principal foi cortada em duas. À sala maior foi dado o nome de Cinema Trindade e à outra sala, um estúdio de menores dimensões, o nome de Salão Jardim Trindade. Estas salas encerraram em 1989, sendo convertidas durante os anos 90 em bingo. Este fechou no ano 2000, ficando o edifício sem atividade durante 8 anos. Em 2008, a organização do festival Indie, já com algumas edições de grande sucesso em Lisboa, decidiu alargar o festival até à cidade do Porto, utilizando as instalações do Cinema Trindade. Após o festival, a  associação cultural portuense Plano B, efetuou contactos com o intuito de passar a utilizar o espaço e de trazer de novo o cinema ao centro da cidade. No novo hall da sala principal passaram a figurar máquinas de projeção, bobinas, cartazes, programas, fotografias e revistas de cinema que foram recuperadas pela Plano B durante a limpeza do recinto e o Trindade reabriu assim com um novo brilho.

Localização: Rua Ricardo Jorge

9.7.12

Salão-Cinema parque das Camélias (Porto)


Local onde existiu o Cinema Parque das Camélias

Túnel de acesso ao antigo ringue e parque de jogos, atualmente utilizado como parque de estacionamento

(Fotografias retiradas do blog A Vida em Fotos)

A história desta sala de cinema está diretamente ligada à história do Sporting Clube Vasco da Gama. Fundado a 20 de Fevereiro de 1920, o Vasco da Gama foi desde sempre um clube eclético onde se praticaram várias modalidades tais como, o andebol, o basquetebol e a luta-livre americana e que teve entre os anos 40 e 70 os seus anos de ouro. Atualmente, o clube dedica-se às camadas jovens de basquetebol onde soma uns quantos títulos nacionais ao longo da sua história. O local onde funcionou durante vários anos o cinema é hoje uma estação de camionagem. Desde 2006 existem rumores de uma eventual requalificação da zona; no entanto, ainda não se vislumbra qualquer alteração.

Localização: Rua Alexandre Herculano


2.7.12

Salão Sta. Catarina (Porto)

Local onde terá existido o Salão Sta. Catarina

(Fotografia retirada do Google Maps)

Foram muito poucas as informações que consegui reunir sobre esta velhinha sala de cinema. Como o nome indica, ficava localizada na Rua de Santa Catarina e era uma sala de pequenas dimensões e sem grandes luxos. A sua memória perdeu-se com o tempo, mas graças a registos descobertos por volta de 1998 podemos ficar com algumas pistas sobre a sua localização. Será realmente a ruína que vemos nesta imagem o que resta do antigo Salão Sta. Catarina?

Localização: Rua de Santa Catarina

1.7.12

Águia D´Ouro (Porto)

Fachada do Cinema Águia D´Ouro

Fachada do Hotel que atualmente ocupa o edifício do antigo cinema

(Fotografias retiradas dos sites grandeportoonline e cinemasdoporto)


Em janeiro de 1839, o Águia D'Ouro abriu as suas portas como café, tendo sido frequentado por clientes famosos como Camilo Castelo Branco e Antero de Quental. Aínda no século XIX passou a existir um teatro que partilhava com o café o espaço do edifício, embora as entradas fossem separadas. Em agosto de 1907 foram levadas a cabo as primeiras sessões de cinematógrafo e em 1908 o teatro acabaria por dar lugar ao cinema. Em 15 de setembro de 1930 inaugurou o cinema sonoro com o filme "All That Jazz". Em 7 de fevereiro de 1931, e após obras de remodelação, viu o interior modernizado e ganhou uma nova fachada. O Águia era nos anos 30 considerado uma das melhores salas do Porto.
Durante os anos 80 o café viria a falir e a ausência de espetadores ditou o encerramento do cinema em dezembro de 1989. Durante duas décadas o edificío foi votado ao abandono atingindo um estado de ruína bastante acentuado. Durante este período foi comprado pela empresa Solverde com o objetivo de ali abrir um Bingo, mas o  projeto foi reprovado pela Câmara. Finalmente, em agosto de 2006 a Solverde põe o imóvel à venda e o mesmo viria a ser adquirido por uma cadeia de hotéis que após obras de restauro da fachada e renovação do interior fez renascer das cinzas o edifício. Em outubro de 2011 o novo Hotel abriu portas. Na decoração do interior podem ser vistas algumas peças recuperadas dos escombros, tais como, suportes de partituras, microfones, bobines de filmes e posters entre outros.

Localização: Praça da Batalha nº 32



30.6.12

Salão da Porta do Sol (Porto)

Local onde existiu o Salão da Porta do Sol

(Fotografia retirada do Google Maps)

Consegui reunir muito pouca informação relativa a esta sala de cinema que, como o nome indica, ficava situada na Rua da Porta do Sol. O topónimo deriva do facto de ali ter existido uma das antigas portas que se espalhavam ao longo do perímetro da muralha que circundava a cidade do Porto. O edifício onde se situava o cinema terá sido demolido algures por volta de 1982, embora esta informação careça de confirmação.

Localização: Rua da Porta do Sol

25.5.12

Ardeu o Cinema Rex / Teatro Laura Alves

Dia de grande tristeza para os lisboetas.
Um incêndio destruiu por completo esta manhã o edifício do antigo Cinema Rex e Teatro Laura Alves, situado na Rua da Palma, no coração da cidade de Lisboa. Os bombeiros afirmam que o edifício foi consumido por completo pelas chamas mas só depois de uma avaliação mais exaustiva, a ser efetuada pelos técnicos, será possível saber da viabilidade de recuperação do mesmo. Esperemos que seja restaurado e posto pela câmara ou proprietários ao serviço da cultura. Mas se tiver sido este o fim do Rex a memória será perpetuada através deste blog com o post que lhe foi dedicado no passado dia 6 de Fevereiro de 2010.

7.4.12

Salão Marquês de Pombal (Porto)

Local onde existiu o Salão Marquês de Pombal


(Imagem retirada do Google Maps)


O Salão Marquês de Pombal era um barracão de dimensões reduzidas e condições precárias localizado perto da praça com o mesmo nome. Funcionou durante pouco mais de um ano, por volta de 1963.


Localização: Rua do Lindo Vale

5.4.12

São João Cine (Porto)


Aspeto do interior do Cine Teatro São João


Interior do Teatro Nacional São João


Fachada do Teatro Nacional São João

Plateia do Teatro Nacional São João

Planta da Sala

(Fotografias retiradas do blog "Skyscrapercity"; planta retirada do blog "Cinemas do Porto")



Inaugurado oficialmente no dia 13 de Maio de 1798, o Real Teatro de São João foi o primeiro edifício portuense construído de raiz, exclusivamente destinado à apresentação de espetáculos. Foi construído, por iniciativa do Corregedor Francisco de Almada e Mendonça e de um grupo de acionistas privados, a partir de um projeto do arquiteto e cenógrafo Vincenzo Mazzoneschi, que havia sido cenógrafo do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa. A estrutura interior do Real Teatro era muito semelhante à desse teatro lisboeta, embora de dimensões mais reduzidas.

Um incêndio na noite de 11 para 12 de Abril de 1908 destruiu por completo o edifício. A reconstrução foi levada a cabo pelo arquiteto José Marques da Silva. O novo edifício foi inaugurado a 7 de Março de 1920.

Em 1932, acompanhando a decadência da atividade teatral na cidade, passou a chamar-se São João Cine, dedicando a maior parte da sua programação à exibição cinematográfica. Nos anos 50, as limitações da sala para adaptação aos novos sistemas de projeção para telas mais amplas, ditou um decréscimo na afluência de público, culminando no fim das exibições de filmes por volta de 1956. Regressaram as representações teatrais, mas não o público.

O edifício acabaria por entrar numa fase de progressiva degradação. Foi adquirido pelo estado em 8 de Outubro de 1992 e inaugurado cerca de um mês mais tarde, a 28 de Novembro, com a designação oficial de Teatro Nacional São João. Entre 1993 e 1995, foi restaurado, remodelado e reequipado, segundo projeto do arquiteto João Carreira.

Atualmente, passa por um período de prosperidade com uma agenda bastante preenchida e uma boa afluência de público.

Localização: Praça da Batalha

23.3.12

Salão Paraíso (Porto)



Fachada do edifício onde funcionou o Salão Paraíso


Interior do Salão Paraíso


(Fotografias retiradas do Google maps e Arquivo Municipal do Porto)



O Salão Paraíso foi uma sala que ao longo dos seus já largos anos de existência funcionou como local de espetáculos musicais e sala de cinema. A sala, de pequenas dimensões, é ricamente decorada e servia de local de encontro de famílias abastadas. Chegou a ter durante alguns anos o nome de Salão Cinematográfico Portuense. Funcionou como cinema durante os anos 30 e 40 sendo as últimas sessões levadas a cabo por volta de 1949.


Localização: Rua da Alegria nº 665

22.3.12

Cine-Teatro Eden (Porto)


Fachada do Cine-Teatro Eden



Gravura do interior do Eden


(Gravura retirada da revista "Ilustração Portuguesa" e fotografia retirada do Arquivo Municipal do Porto)


O Eden Teatro foi um teatro portuense que ficou ligado à história da cidade e do país pelo papel importante que teve durante o período da revolução monárquica de 1919. Era um ponto de encontro de simpatizantes da causa monárquica, sendo por isso escolhido simbolicamente pelas forças republicanas como local de aprisionamento e de interrogatório. Segundo os relatos escritos da época, existia no local um piano que tocava enquanto eram levadas a cabo torturas. Tal como sucedeu com vários outros teatros, também o Eden passaria a cinema durante os anos 30 e 40. Foi demolido por volta de 1948.

Localização: Rua Alexandre Herculano

21.3.12

Salão-Jardim Passos Manuel (Porto)


Entrada do Salão-Jardim Passos Manuel

Jardim e esplanada

Salão principal

Sala de espetáculos

Restaurante

Coreto

Central Elétrica

Palco de Exterior

(Fotografias retiradas do Arquivo Municipal do Porto)

O Jardim Passos Manuel, situado na rua do mesmo nome, foi inaugurado a 18 de Março de 1908. Dispunha de jardins com esplanada e uma sala de bingo no local hoje ocupado pelo Cinema Passos Manuel. Tinha também um cinema ao ar livre, uma central elétrica que fornecia energia às ruas limítrofes, um restaurante, um quiosque de venda de jornais e revistas, um salão exclusivo para reuniões de negócios, um café-concerto que tinha em permanência uma orquestra, um clube noturno e um recreio para crianças. No jardim, um coreto servia de palco a diversas atuações de bandas filarmónicas. Este espaço, foi demolido em 1938, nascendo no seu lugar o Coliseu do Porto e o Cinema Passos Manuel.

Localização: Rua Passos Manuel

20.3.12

Salão High-Life/Batalha (Porto)


Fachada do Novo Salão High-Life/Batalha




Planta do antigo Cinema Salão High-Life/Batalha


(Fotografia e planta retiradas do Arquivo Municipal do Porto)




Depois de ter passado pela Boavista e pela Cordoaria, em 29 de Fevereiro de 1908 o Salão High-Life mudou-se para a sua morada definitiva na Praça da Batalha. O novo edifício de pedra e cal com uma magnífica fachada tournou-se de imediato um sucesso, passando a ser considerado um cinema de prestígio. Com os seus 1082 lugares, dispostos entre plateia, tribuna e balcão, foi durante muitos anos um dos maiores cinemas do Porto. Em 1913 tomará o nome definitivo de Cinema Batalha. A sua capacidade de atrair público manteve-se durante os seus 38 anos de existência. Em 1946 foi demolido para dar lugar ao novo Cinema Batalha.


Localização: Praça da Batalha nº 47

18.3.12

Cine-Teatro Vasco da Gama (Porto)

Planta do Cine-Teatro Vasco da Gama

(Planta retirada do Arquivo Municipal do Porto)



Numa propriedade que herdou na Foz do Douro, decidiu João Leite da Gama abrir algumas ruas e edificar um teatro, que denominou de Vasco da Gama. Em 1887, este teatro funcionava instalado num grande edifício, com camarotes, plateia e geral. No século XX exibiu cinema mudo e mais tarde serviu de sede ao Ginásio Clube da Foz. Foi demolido por volta de 1945. Desapareceu o teatro, mas ficou o nome da rua.

Localização: Rua do Teatro

16.3.12

Rendez-Vous D´Elite (Porto)

Castelo de São João da Foz, local onde existiu o Cinema Rendez-Vous D´Elite


(Fotografia retirada da Wikipédia)

O Cinema Rendez-Vous D´Elite situava-se no Castelo da Foz do Douro e abriu ao público em Julho de 1907. O espaço pertencia à "Empreza Cynematográfica Portugueza", de Neves e Pascaud, que também geria o Salão High-Life. Foi concebido como cinema de projeção ao ar livre, vocacionado para atrair as famílias burguesas da cidade que durante o Verão passavam férias na Foz do Douro. As sessões esgotavam com frequência. A comodidade era ponto assente e o preço dos bilhetes assegurava uma afluência de elite. O facto de ser um local de projeção ao ar livre limitava a sua utilização aos meses de verão, não obstante, as sessões mantiveram-se um sucesso até à altura da 2ª Guerra Mundial. Com o fim da neutralidade por parte do nosso país, as principais cidades portuguesas tiveram de adotar medidas de defesa contra uma eventual invasão, sendo uma delas a redução da iluminação noturna ao mínimo, com exceção dos holofotes das anti-aéreas que varriam os céus regularmente em exercícios cada vez mais regulares. As últimas sessões, muito esporádicas, ocorreram por volta de 1944, culminando com o encerramento definitivo do espaço.


Localização: Castelo de São João Baptista da Foz

1.3.12

Salão Chiado (Porto)

Local onde terá existido o Salão Chiado do Porto

(Fotografia retirada do Google Maps)

O Salão Chiado do Porto foi uma pequena sala de cinema inaugurada em Agosto de 1907, tendo encerrado por volta de 1934. Localizava-se na Rua das Carmelitas e foi pioneiro na utilização de 'cupões de desconto'. Os 'cupões' eram publicados diariamente no "Jornal de Notícias" e davam um desconto de 20% na aquisição de um bilhete.


Localização: Rua da Carmelitas

20.2.12

Salão Pathé (Porto)

Local onde existiu o Salão Pathé


(Fotografia retirada do "Google Maps")


Inaugurado em Agosto de 1907, o Salão Pathé gozou de grande popularidade nos primeiros anos da sua existência. Segundo notícias publicadas na época, as sessões com lotação esgotada eram comuns. Tal sucesso era devido, em grande parte, ao facto de ser frequentado maioritariamente pela burguesia, atraída pelas excelentes instalações do salão, que eram consideradas na altura as mais completas, confortáveis e elegantes da cidade do Porto. Inicialmente, eram projetadas duas a três sessões diárias. Com o surgimento do cinema sonoro, o Pathé foi entrando em declínio e acabaria por encerrar por volta de 1932.


Localização: Rua da Conceição / Rua José Falcão

19.2.12

High-Life / Cordoaria (Porto)

Jardim João Chagas, antigo Jardim da Cordoaria, onde se localizava o 2.º Cinema High-Life construído no Porto

(Fotografia retirada do "Photobucket")


Em 1906 a empresa Neves e Pascaud, responsável pelo Salão High-Life situado na Rotunda da Boavista, decidiu mudar a localização do mesmo para o então Jardim da Cordoaria, atual Jardim João Chagas. A nova localização, mais central, atraiu um número ainda maior de público. Durante dois anos, António Neves e Edmond Pascaud conseguiram juntar dinheiro suficiente para, em 1908, construirem uma sala de pedra e cal na Praça da Batalha, que viria a ser uma das mais emblemáticas salas de cinema da cidade do Porto.


Localização: Jardim João Chagas

18.2.12

High-Life / Boavista (Porto)

Rotunda da Boavista, local onde existiu o primeiro High-Life

(Fotografia retirada do site do Expresso de Amarante)


No Verão de 1906 os portuenses assistiram à primeira sessão de cinema aberta ao público. O espetáculo teve lugar num barracão de madeira e zinco com o nome de Salão High-Life, montado na Feira de São Miguel, no campo onde mais tarde iria nascer a atual Rotunda da Boavista. Durante dois meses as sessões de animatógrafo fizeram sucesso e a afluência bastante elevada de público levou a que a empresa Neves e Pascaud decidisse mudar o espetáculo para um espaço mais amplo no Jardim da Cordoaria.


Localização: Rotunda da Boavista

10.2.12

Sá da Bandeira (Porto)



Teatro Sá da Bandeira



Interior do Teatro Sá da Bandeira



O Cine-Teatro Sá da Bandeira é uma das mais importantes salas de espetáculo do país, tendo um papel determinante na história do teatro e do cinema em Portugal. Ele acolheu a primeira apresentação do animatógrafo na cidade do Porto, a 17 de Julho de 1896 e a 12 de Novembro de 1896, foram apresentados, por Aurélio da Paz dos Reis, os primeiros filmes realizados por um português. Inaugurado a 4 de Agosto de 1855 com o nome de Teatro Circo, este espaço começou por funcionar num barracão que só em 1867 foi substituído por um edifício de pedra e cal. Este, foi demolido em 1877 dando lugar ao atual edifício que se mantém inalterável até hoje. Teve como primeiro nome Teatro do Príncipe Real. Durante a primeira década de existência do animatógrafo foi mantendo sessões com alguma regularidade, acabando por assumir em definitivo a função de teatro. Com a implantação da República, em 1910, passou a chamar-se Teatro Sá da Bandeira, nome que manteve até aos nossos dias.

Localização: Rua Sá da Bandeira nº 108