30.3.13

Estúdio (Porto)


Interior do Cine Estúdio

(Fotografia retirada de planetário-porto.pt)

O Cine Estúdio foi inaugurado em 1967, numa época em que as salas estúdio com reduzida lotação estavam em expansão.
Com uma lotação de apenas 70 lugares, esta pequena sala soube manter uma programação de qualidade que lhe permitiu sobreviver até aos anos 90.
Já no século XXI, depois de remodelado, o Cine Estúdio voltou a abrir portas, continuando a exibir filmes diariamente.

Localização: Rua de Costa Cabral

29.3.13

Cinema do Terço (Porto)


Cinema do Terço

(Fotografia by Zecanano in "http://www.panoramio.com/")

O Cinema do Terço foi inaugurado em 1965. O edifício estava incluído no complexo pertencente ao Instituto Profissional do Terço.
Inicialmente, era uma sala ao ar livre; devido à grande afluência de público e às verbas recolhidas pela instituição, acabou por ser construída uma sala coberta. O Cinema do Terço foi durante várias décadas o principal suporte financeiro do Instituto, que também recolhia donativos e apoios de particulares.
O Cinema do Terço encerrou em Maio de 2003 e foi demolido em Janeiro de 2009 para dar lugar a um pavilhão polidesportivo e a um parque de estacionamento.

Localização: Rua João Pedro Ribeiro nº 680 

3.3.13

Nun´Álvares (Porto)


Fachada do Cinema Nun´Álvares

(Fotografia retirada de despertar o sótão)

O Cinema Nun´Álvares, inaugurado em 1949, foi desde sempre uma ilustre sala de cinema representativa do bairro da Boavista. Encerrou em 2005 devido à fraca afluência de público. Reabriu em 2009 com nova gerência e apostando essencialmente no cinema independente, tentando desta forma fugir à concorrência direta dos centros comerciais. Ficou conhecido como o último cinema de bairro no Porto, por ser o último cinema de rua a resistir. Em 2011 encerraria de novo devido a enormes dificuldades financeiras que impossibilitaram a continuação do projeto. Em Dezembro de 2012, a sala foi utilizada para a exibição de um ciclo de cinema documental adivinhando, deste modo, o arranque de um novo projeto em 2013.

Localização: Rua Guerra Junqueiro nº 489

5.2.13

Ódeon (Porto)



(Fotografia da autoria de Teodósio Dias in ruasdoporto.blogspot.com)

A 20 de Julho de 1929, no Porto, na esquina das ruas de Pinto Bessa e Nova da Lomba, ao Bonfim, é inaugurado o Cine-Teatro Ódeon, que foi o primeiro cinema do país a receber equipamento sonoro de raíz.
Apesar de ser uma sala com as maiores comodidades da época e pertencer à companhia Ódeon, uma das mais conceituadas, a sua distante localização das artérias centrais fez com que a afluência de público ficasse aquém das expetativas. A sua dupla função de cine-teatro acabou por resolver a questão com o número de público a aumentar nas sessões de teatro que, a partir de 1930, começou a ganhar terreno ao cinema. Hoje só resta um buraco no local onde em tempos havia cultura.

Localização: Rua Pinto Bessa

1.1.13

Júlio Deniz (Porto)


Cinema Júlio Deniz

 Fachada do Cinema Júlio Deniz
Planta do Cinema Júlio Deniz

(Planta retirada do Arquivo Municipal do Porto; Fotografias retiradas da Wikipedia)

O Cinema Júlio Deniz foi inaugurado nos anos 40. Era na época uma das maiores salas do Porto, com plateia e balcão. A qualidade da sala nunca foi argumento suficiente para lhe retirar o rótulo de cinema de bairro. Ao longo da sua existência foi tendo sempre programações alternativas às salas principais da cidade, onde se efetuavam as grandes estreias.
Nos anos 70 começou a exibir filmes porno e assim se foi mantendo nas décadas seguintes, estando aínda ativo.

Localização: Rua Costa Cabral nº 323

2.12.12

Coliseu (Porto)


 Fachada do Coliseu do Porto

Interior do Coliseu do Porto

O Coliseu do Porto foi inaugurado a 19 de Dezembro de 1941 com um concerto da Sinfónica Nacional, dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco. O edifício, em estilo Arte Deco, é da autoria dos arquitetos Cassiano Branco e Júlio Brito. A proprietária original do imóvel era a Companhia de Seguros Garantia que financiou em grande parte a obra com o apoio da Câmara do Porto. Esta bela sala de espetáculos acolheu cinema, teatro, ópera, bailado, circo  e, claro, concertos (inicialmente de música clássica e a partir dos anos 80 também Rock e Pop). As exibições de filmes estiveram sempre presentes na programação da sala até ao final dos anos 80.
Em 1995 a Companhia de Seguros AXA, então proprietária do imóvel, inicia negociações com a Igreja Universal do Reino de Deus com vista à venda do imóvel, desencadeando uma das maiores manifestações jamais vistas em Portugal em defesa de um espaço cultural. Várias personalidades ligadas à cultura, às artes e à autarquia local, lideraram as ações de protesto às quais se juntou a população da cidade do Porto. O veto da transação em assembleia municipal, por parte da autarquia portuense, deitou em definítivo por terra as aspirações da IURD de concretizar o negócio.
Em Novembro de 1995, em escritura notarial, outorgada entre a Câmara, a Área Metropolitana do Porto, a Secretaria de Estado e da Cultura e a UAP, constitui-se uma associação sem fins lucrativos com a finalidade de adquirir o Coliseu e geri-lo como espaço de interesse cultural.
O Coliseu do Porto tem 3016 lugares sentados podendo a sua capacidade em concertos ser aumentada para mais de 5000 pessoas.
O espaço dispõe ainda de um salão Ático com capacidade para cerca de 300 pessoas, onde podem ser realizados eventos de menor dimensão.

Localização: Rua Passos Manuel

1.11.12

Olympia (Porto)


Fachada do Cinema Olympia

O Cinema Olympia foi inaugurado a 18 de maio de 1912 e, na altura, foi batizado de cine-teatro. Henrique Alegria foi o responsável pela construção da sala e foi ele quem durante os primeiros anos de vida geriu o espaço em parceria com a Invicta Filmes.
Durante os anos 10, 20 e 30 foram comuns na sua programação as estreias de cinema alemão. É bom relembrar que até aos anos 30 a Alemanha era uma das principais potências cinematográficas.
A sala tinha lotação para 600 pessoas e foi classificada como tendo instalações modernas e luxuosas. Para além das sessões de cinema, o Olympia também recebeu eventos musicais e peças de teatro. Depois de ter sido comprado pela empresa Neves & Pascaud continuou a prosperar. Durante os anos 60 teve uma programação muito virada para os westerns, na década de 70 para o cinema de ação e de artes marciais, seguindo a tendência da época.
Durante os anos 80, nos últimos anos de vida como cinema, chegou mesmo a passar filmes porno. Mas o cinema já se encontrava em fase de decadência e acabaria por fechar portas reabrindo como bingo.
A crise dos últimos anos levou ao seu encerramento em 2010, permanecendo até hoje de portas fechadas à espera de um projeto que lhe dê uma nova vida.

Localização: Rua Passos Manuel

16.10.12

Auditório Nacional Carlos Alberto (Porto)


(Fotografia e fonte www.portoantigo.org)

Inícialmente projetado como teatro, este edifício foi construído nos antigos jardins do Palácio do Barão do Valado, onde o rei da Sardenha, Carlos Alberto, ficou alojado por algumas semanas em 1849, recebendo o seu nome como homenagem. Foi inaugurado a 14 de Outubro de 1897.
No século XX, passou a dedicar a sua programação também ao cinema.
Foi alugado pela Secretaria de Estado da Cultura em finais da década de 70, e em 1980 adotou a designação de Auditório Nacional Carlos Alberto, tornando-se durante vários anos um importantíssimo pólo de divulgação de cinema. Lá, realizaram-se as primeiras edições do festival de cinema Fantasporto.
Encerrou em 2000 mas no ano seguinte foi adquirido pela Sociedade Porto 2001, por altura da capital europeia da cultura, sendo reaberto a 15 de Setembro de 2003, após remodelação e modernização.
Atualmente, é gerido pelo Teatro Nacional de São João.

Localização: Rua das Oliveiras nº42

1.10.12

Rivoli (Porto)


 Fachada do Cine-Teatro Rivoli

 Interior do Rivoli

Palco do Rivoli

Interior original do Rivoli

(Fotografias e fontes retiradas do blog: cinemasparaiso.blogspot.pt ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Rivoli e livro "Cinemas de Portugal")

O Cine-Teatro Rivoli é uma das mais emblemáticas salas de espetáculos do país. Foi durante muitos anos o maior cinema do país e é um símbolo de resistência da cultura face às investidas contra o património histórico e cultural português.
Inaugurado em 1913, foi apelidado de Teatro Nacional. Em 1923, a juntar à excelente programação da qual fazia parte teatro, ópera e concertos, dava-se início às sessões de cinema.
A crescente popularidade do cinema levou a que fosse repensada a estrutura da sala, de forma a poder ser modernizada e melhor adaptada à função de cinema. As obras começaram em 1929 e em 1932 era inaugurado o novo Cine-teatro Rivoli, projetado pelo engenheiro e arquiteto Júlio Jósé de Brito, com menor dimensão que a sala original mas com as mais modernas e funcionais instalações existentes à data. O Rivoli manteve toda a programação cultural do antigo teatro e passou a receber também cinema sonoro e companhias de bailado. Ente 1942 e 1946 foram levadas a cabo obras de remodelação da fachada e dos interiores sendo também acrescentados elementos ornamentais e decorativos que embelezaram o edifício.
O período áureo do Rivoli deu-se entre os anos 40 e 60,  com uma programação de altíssima qualidade, muito graças à gestão levada a cabo por Maria Borges.
Nos anos 70 a situação inverteu-se. Devido a dificuldades financeiras as condições da sala foram-se degradando e os equipamentos tornaram-se obsoletos. Por arrasto, também a programação começou a ser cada vez mais intermitente o que levou a uma ausência cada vez maior de público.
Em 1989 e perante uma situação de perigo irreversível de ruína, a Câmara Municipal do Porto decidiu adquirir o edifício. Em 1992 o Rivoli encerrou para remodelação total. O programa de recuperação permitiu transformar aquilo que era um Cine-Teatro convencional num centro multi-funções onde passou a ser possível albergar várias atividades culturais e de lazer.
Em Outubro de 1997 abria portas o novo Rivoli Teatro Municipal, com gestão da Culturporto.
Em 2006 a Câmara Municipal anunciou que iria entregar a gestão cultural e financeira do Rivoli a entidades privadas, levando a um coro de protestos que culminaram com a ação levada a cabo em Outubro do mesmo ano por cerca de 30 pessoas. Entre os autores do protesto contavam-se elementos do "Teatro Plástico", cidadãos anónimos e pessoas ligadas à vida cultural da cidade, que se barricaram no interior do edifício. Perante a enorme pressão da opinião pública para que fosse tomada uma decisão, o executivo em funções, em Dezembro de 2006 e após uma reunião extraordinária, tomou a decisão de atribuir a gestão do Rivoli ao encenador e produtor Filipe La Féria. A conceção seria por um período de 4 anos de Maio de 2007 a Maio de 2011. Em 2012 o Rivoli recebeu um dos mais conceituados festivais internacionais de cinema do nosso país a nivel internacional, o Fantasporto.
O Rivoli é um exemplo perfeito de como é possivel enquadrar as grandes salas de cinema do passado nas necessidades da sociedade atual. O complexo do Rivoli Teatro Municipal é composto atualmente pela sala principal com capacidade para 1600 espetadores, o pequeno auditório que pode albergar 174 pessoas, uma livraria, um café-concerto Restaurante e um café-bar.

Localização: Praça D. João I

9.9.12

Palácio de Cristal (Porto)


 Palácio de Cristal

 Jardins e Fachada do Palácio de Cristal

 Interior do Palácio de Cristal

 Pavilhão Rosa Mota

Interior do Pavilhão Rosa Mota

(Fotografias retiradas da Wikipedia; site zerozero.pt; e postais antigos da cidade do Porto)

O Palácio de Cristal foi um edifício icónico da cidade do Porto que ainda hoje permanece na memória de inúmeros portuenses.
Foi inaugurado em 18 de Setembro de 1865, segundo projeto do arquiteto inglês Thomas Dillen Jones,  tendo o Crystal Palace de Londres como modelo.
Foi concebido originalmente para acolher a grande Exposição Internacional do Porto, passando a ser utilizado desde logo como pavilhão de exposições para receber todos os grandes eventos realizados na cidade.
A versatilidade do edifício permitiu-lhe passar a ser utilizado como espaço multiusos com sessões de cinema, concertos de música e todo o tipo de atividades culturais.
No seu interior existia um enorme órgão de tubos que era um dos maiores do mundo.
Durante os meses de verão as sessões de cinema ao ar livre nos jardins passaram a ser muito comuns arrastando familias inteiras.
Com a atribuição da realização do campeonato do mundo de Hóquei em Patins de 1951 a Portugal, ficou claro que não existia nenhum equipamento desportivo na cidade do Porto com condições para acolher o evento. Foi decidido construir um moderno pavilhão de grandes dimensões  para suprir essa lacuna. O que nunca viria a ser unânime foi a localização do pavilhão, o qual seria construído no local do Palácio de Cristal ditando a demolição do mesmo.
A contestação popular foi enorme, levando a revoltas que foram controladas a custo pelas autoridades, mas em 1951 o Palácio de Cristal foi mesmo demolido, dando lugar ao novo Pavilhão dos Desportos. Apesar dos apelos de vários membros da sociedade portuense ligados à cultura, até o órgão viria a ser destruído à martelada sem que fosse sequer ponderada a possibilidade de transladação para outro local.
O Pavilhão de Desportos, rebatizado em 1991 Pavilhão Rosa Mota, tem capacidade para 4568 espetadores e recebe todo o tipo de eventos, desportivos e culturais, como exposições, concertos de música e a Feira do Livro do Porto.
No segundo semestre de 2012 arrancaram as obras de requalificação com vista à transformação do espaço num complexo multiusos que irá permitir, para além das atividades desportivas, a realização de exposições e grandes concertos, festas, circo e pista de gelo, congressos e seminários ou reuniões de menor dimensão, em salas com capacidade entre os 322 e os 1180 lugares.
A traça original será respeitada, passando o pavilhão a ter uma capacidade total de 6000 espetadores, estando a conclusão das obras previstas para o final de 2013.

Localização: Jardins do Palácio de Cristal