3.1.10

Promotora (1912 - 1989)


Fachada do Cinema da Promotora
Planta do Cinema Promotora

Cinema Promotora


(Fotografia e Planta retiradas do Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa; do livro "Os Mais Antigos Cinemas de Lisboa" e do livro "Os Cinemas de Lisboa - Um Fenómeno Urbano do Séc. XX")

O edifício onde funcionou o Cinema Promotora, era originalmente um palácio e chegou a ser residência real de retiro. Construído por volta de 1560 era originalmente um solar pertencente ao burguês João Baptista Rovelásco, mas em 1580 Filipe II de Espanha confiscou-o. Foi reconvertido, recebendo o nome de Palácio Real de Alcântara. Serviu, até 1662, para veraneio de D. João IV e sua família. Viria também a ser residência de D. Pedro II que nesse local veio a falecer em 1706. Em 1755 ficou severamente danificado pelo terramoto que atingiu Lisboa, mas em apenas 10 anos seria totalmente reconstruído. O novo palácio não tinha a grandiosidade do original e passou a ser frequentado apenas por condes e barões com ligações à familia real. Em 1878 a casa de Bragança decidiu vendê-lo ao industrial Eduardo Conceição e Silva que, por sua vez, o viria a deixar por herança a Augusto Serra e Costa. Já no séc. XX, em 1903 o edifício passou a ser a sede do "Clube de Lisboa" e finalmente em 1911 recebeu a sede da Sociedade Promotora de Educação Popular. Em 1912, para fazer face aos encargos, a Promotora instalou no primeiro andar do edifício um cinema, tendo posteriormente, em 1931, adquirido o imóvel e construído no rés-do-chão um cinema mais moderno, que viria a funcionar até meados da década de 80. A sua capacidade total era de 480 espectadores. Actualmente, a Promotora continua a desenvolver a sua actividade educativa, funcionando no primeiro andar um externato onde é leccionado o 1º Ciclo do Ensino Básico. No rés-do-chão do edifício funciona actualmente a Videoteca Municipal. As instalações da Videoteca possuem um equipamento que tem 15 postos de visionamento individual de cinema e vídeo, um pequeno auditório com uma lotação de 50 lugares, onde regularmente são projectados filmes, um espaço reservado à pesquisa e investigação na área do documentário e educacional, uma pequena Ludoteca com área reservada a ateliers para crianças, uma pequena biblioteca especializada em meios audiovisuais e uma área administrativa. Para se poder ter uma ideia do tamanho do palácio original basta dizer que o edifício actual antes do terramoto funcionava apenas como cocheiras. Na maquete de Lisboa antes de 1755 que se encontra no Museu da Cidade pode ser feita a comparação com o que resta hoje em dia.

Localização: Largo do Calvário nº 2

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